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sexta-feira, 9 de julho de 2010

A CONDUTA CRISTÃ - PARTE III



É pela nossa mansidão que demonstramos nossa sabedoria e inteligência (Tiago 3:13). O apóstolo Paulo escolheu o caminho da mansidão para exortar os crentes faltosos em Corinto, tendo indagado deles: "Que quereis? Irei ter convosco com vara ou com amor e espírito de mansidão?"


O supremo exemplo de mansidão nos foi dado pelo Senhor Jesus, que nos disse: "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma." (Mateus 11:29). Ele, o legítimo Rei de Israel, veio a Jerusalém, "justo e Salvador, pobre e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta." Conforme a profecia (Zacarias 9:9, Mateus 21:5), Ele, o legítimo Rei de Israel , Todo-Poderoso Filho de Deus, escolheu entrar na cidade de Davi, sede do governo de Israel, mansamente, assentado num asninho. Este foi um exemplo, entre muitos que nos deu.

A Palavra de Deus nos ensina que "A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" (Provérbios 15:1) e "a língua branda quebranta os ossos" (Provérbios 25:15). São alguns benefícios dos que são mansos, mas a mansidão é usualmente encarada como fraqueza, ou mesmo covardia, pelo mundo, e os mansos estão sujeitos ao desprezo e ao abuso, como foi o nosso Salvador. Faz parte da cruz que cada um que se dispõe a seguir no caminho do Mestre deve carregar.


Mas o galardão dos mansos é enorme! Vejamos:



Deus os guiará, ensinando o Seu caminho: "Guiará os mansos retamente; e aos mansos ensinará o seu caminho" (Salmo 25:9), isso porque os mansos estão dispostos a ouvir a Palavra de Deus, e a seguir os seus ensinos.


A eles o Senhor Jesus proclama o Seu Evangelho: "O Espírito do Senhor JEOVÁ está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos mansos …" (Isaías 61:1, confirmado em Lucas 4:18).

Eles serão salvos: "O SENHOR se agrada do seu povo; ele adornará os mansos com a salvação." (Salmo 149:4).


Terão satisfação eterna: "Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao SENHOR os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente." (Salmo 22:26). Talvez sofram abuso e perda aqui no mundo, mas esta promessa lhes garante que, na eternidade, isto nunca mais ocorrerá.

*

Os mansos, que obedecem o Evangelho (a justiça divina), serão livrados do juízo de Deus sobre a terra, pois serão arrebatados antes do período da tribulação: "Desde os céus fizeste ouvir o teu juízo; a terra tremeu e se aquietou quando Deus se levantou para julgar, para livrar a todos os mansos da terra." (Salmo 76:8-9) e "mas julgará com justiça os pobres, e decidirá com eqüidade a favor dos mansos da terra, e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o ímpio." (Isaías 11:4).


Também "O SENHOR eleva os humildes e abate os ímpios até à terra." (Salmo 147:6).


Terão grande regozijo no Senhor: "E os mansos terão regozijo sobre regozijo no SENHOR" (Isaías 29:19).


Eles herdarão a terra: "Mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz." (Salmo 37:11).

Aos mansos o Senhor Jesus chamou de bem-aventurados porque eles herdarão a terra (Mateus 5:5). Se Deus dá tanto valor aos mansos, sejamos perseverantes em cultivar essa virtude tão preciosa aos Seus olhos, neste mundo conturbado e violento onde a mansidão é levada em tão pouca conta.




Aos que são Humildes







Humildade é a característica de quem tem ou manifesta a virtude de conhecer as suas próprias fraquezas e limitações. É o oposto à soberba, altivez, sobranceria, orgulho, arrogância e presunção. Quem é humilde manifesta sentimento de fraqueza, de modéstia, expressa deferência ou submissão, é despretensioso, simples e sóbrio.

Sem dúvida é uma virtude muito desprezada pelo mundo, que a julga inadequada para quem quer vencer a corrida para adquirir poder, fortuna e fama, que são os alvos preferidos pelos ambiciosos.

No entanto, foi com a ambição que o diabo tentou nossos primeiros antepassados: "sereis como Deus, sabendo o bem e o mal", e sucumbiram ao pecado da desobediência a Deus.

A história da humanidade, vista pela ótica divina revelada na Bíblia, tem sido uma perpetuação desta corrida egoísta e ímpia, gerando os piores impulsos e sentimentos para com os outros e a repulsa ao Deus Criador, que tem sido substituído por deuses ao gosto do ser humano

Felizmente nem todos são assim: tem havido sempre alguns que se humilham diante de Deus, buscam conhecê-lo e, submissos, fazer a Sua vontade. É para eles que Deus faz as seguintes promessas:

Deus lhes dá atenção: Deus, o Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis, é excelso, sublime, eminente, elevado, admirável e excelente. Porque daria Ele atenção a algumas das suas criaturas tão insignificantes aqui neste planeta, parte de uma humanidade rebelde e ingrata? É difícil entender o seu amor e a sua longanimidade; mas o Espírito Santo auxilia a nossa compreensão com as palavras do apóstolo Paulo: foi "para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus." (Efésios 2:7).

O plano de Deus, antes da criação do mundo e tudo que nele há foi demonstrar Seus atributos divinos, e este plano foi finalmente revelado em Cristo, o Seu Filho unigênito. É o que Paulo chama de "mistério oculto em Deus, que tudo criou, desde os séculos " (Efésios 3:9).

O ímpio, o que rejeita a Deus, segue o seu caminho para a perdição eterna mas Deus ouve e dá atenção ao que se humilha diante dele e O busca, pois "Ainda que o SENHOR é excelso, atenta para o humilde; mas ao soberbo, conhece-o de longe." (Salmo 138:6), e "A minha mão fez todas estas coisas, e todas estas coisas foram feitas, diz o SENHOR; mas eis para quem olharei: para o pobre e abatido de espírito e que treme diante da minha palavra." (Isaías 66:2).

Deus os eleva: Os que são humildes são desprezados aqui no mundo, e também sentem o peso do seu pecado diante da santidade de Deus. Já os ímpios, confiados em si próprios e sem o temor de Deus, prosseguem na corrida da sua ambição para angariar posições mais altas para si.

Em Sua compaixão, "O SENHOR eleva os humildes e abate os ímpios até à terra." (Salmo 147:6). Isso Ele pode fazer ainda agora, mas é certo que o fará no porvir, quando os humildes subirão até a Sua presença e os ímpios descerão às profundezas do inferno para aguardar o seu julgamento e condenação final.

Deus lhes dá graça: É pela graça que Deus dá a salvação aos que são humildes: "Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes." (Tiago 4:6, 1 Pedro 5:5, Provérbios 3:34). Os soberbos pensam que podem conseguir tudo pelo seu esforço e méritos, e julgam que têm o direito à salvação da pena dos seus pecados. É comum ouvir pessoas dizerem que o bem que fazem compensa o mal que praticaram, logo não precisam de se submeter a um Salvador.

Que erro fatal! Deus resiste aos soberbos que confiam em si próprios, e eles serão condenados pelo seu pecado. Mas é pela graça do Seu Filho que vem a salvação - e a Sua graça é tão abundante que cobre todo e qualquer pecado daquele que, humilhando-se, confessa e se arrepende do seu pecado e O recebe como seu Senhor e Salvador.

Deus lhes dá a salvação, e o Seu reino: Uma das características dos que são humildes é a mansidão. Tendo sido salvos pela graça, a salvação será um adorno para eles, como uma vestidura: "O SENHOR se agrada do seu povo; ele adornará os mansos com a salvação." (Salmo 149:4). Também são pobres de espírito pois manifestam sentimento de fraqueza, de modéstia, e expressam deferência e submissão a Deus.

Eles reconhecem o seu estado de pecador diante de Deus, aceitam o sacrifício feito por Ele quando deu o Seu Filho para morrer na cruz do Calvário em seu lugar, arrependem-se do seu pecado e morrem para si para viver em novidade de vida, obedientes a Deus. O Senhor Jesus disse: "Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus" (Mateus 5:3).

Paulo assim se expressou: "… recomendáveis em tudo: … como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo e possuindo tudo" (2 Coríntios 6:10). "Tudo" são as riquezas espirituais ao alcance de todos os que pertencem a Cristo. O Reino dos céus pertence a essas pessoas apenas.

Deus lhes dará honra: Em cumprimento do provérbio "A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra" (Provérbios 29:23), os humildes de espírito não só ganham a salvação pela graça, e o reino dos céus, mas também a suprema honra de serem adotados como filhos de Deus: "a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome" (João 1:12). Não há maior honra possível para o ser humano. Como é maravilhoso o nosso Deus.

Deus os estimula a continuar humildes: Elevados a uma posição tão alta, haverá a tentação de deixar a virtude de ser humilde em seu relacionamento entre si. Para freiar essa tentação, o Senhor Jesus declarou que "qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado." (Lucas 14:11). É salutar guardar esta advertência em nossa memória, para que saibamos nos conduzir sempre bem, junto com nossos irmãos na fé. Nas palavras de Paulo "Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo." (Filipenses 2:3).




Promessas às Crianças







É de se notar que, de uma maneira geral, a Bíblia pouco diz sobre as crianças em particular, geralmente sendo apenas mencionadas junto com as mulheres como a parte mais vulnerável da população. Em Isaías 3:4 e 12 são mencionadas para tipificar a fragilidade do governo.

Deparamos, no entanto, com um pai notável, o rei Davi, que demonstrou um profundo amor por uma pequena criança, um filho seu (2 Samuel 12:13-23). Deus ia tirar a vida dessa pequena criança porque fora o resultado de um sério pecado de Davi, e ela adoeceu. Lemos sobre a aflição de Davi "Davi implorou a Deus em favor da criança. Ele jejuou e, entrando em casa, passou a noite deitado no chão. Os oficiais do palácio tentaram fazê-lo levantar-se do chão, mas ele não quis, e recusou-se a comer. Sete dias depois a criança morreu" (vs. 16-18, NVI).

Imediatamente após a morte da criança, o rei levantou-se do chão, lavou-se, perfumou-se, trocou de roupa e em seguida entrou no santuário do Senhor e O adorou. Depois voltou ao palácio, pediu e comeu uma refeição. Muito revelador é o que ele disse aos seus conselheiros, que se admiraram com seu comportamento: "Enquanto a criança ainda estava viva, jejuei e chorei. Eu pensava: Quem sabe? Talvez o SENHOR tenha misericórdia de mim e deixe a criança viver. Mas agora que ela morreu, porque deveria jejuar? Poderia eu trazê-la de volta à vida? Eu irei atéela, mas ela não voltará para mim" (vs. 22-23).

A criança não havia pecado, mas era ela que ia morrer. Seu pai sabia que quem estava sendo castigado era ele próprio, o sofrimento era todo dele, e ele pedia misericórdia do SENHOR para com ele - não para a criança. O rei Davi, um dos homens da antigüidade que mais compreendiam a Deus e O servia com notável abnegação, sabia que para a criança morrer não significava a morte eterna ou passar para um estado de "limbo" como especulam alguns teólogos mal informados, mas que iria para um lugar onde ele a encontraria depois da morte. Para a criança, seria até melhor do que ficar aqui!

Nosso Salvador trouxe a confirmação divina desse perfeito entendimento do seu ancestral, dizendo "Deixai vir os pequeninos a mim e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus" (Mateus 10:14) e "Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêem a face de meu Pai que está nos céus" (Mateus 18:19). Ele dá dignidade às crianças pequenas, e uma posição muito privilegiada para todas elas, pois têm anjos próprios diante do próprio Deus Pai. Nenhuma delas deve ser desprezada.

Quando uma delas morre, o seu espírito vai imediatamente estar na presença de Deus. Todos os pequeninos vão para o céu, não por serem inocentes ou porque são de pais crentes, mas vão para estar com Cristo Jesus porque Ele morreu por elas. O Seu gesto, quando encontrou as crianças com as mães que queriam que Ele lhe impusesse as mãos e orasse por elas, foi muito significativo: Ele tomou as crianças nos braços, impôs-lhes as mãos e as abençoou (Marcos 10:16). As crianças eram muito novas para decidirem aceitar ou rejeitar a Cristo, por isso Ele as tomou para Si com um abraço, simbolizando o amor que tem para com os pequeninos: se morrerem antes da idade da compreensão, Ele as receberá também nos céus.

Saber e crer nisto é uma grande consolação para os pais que perdem os seus filhinhos na infância ou que por algum motivo nunca puderam chegar à maturidade mental. O Senhor Jesus mostrou que Deus é justo e compassivo e quer o bem para todos, justificando aos que são incapazes de tomar uma decisão por si próprios.

Ele deseja que as crianças venham a Ele, e nos deu um mandamento quando disse: "Deixai vir os pequeninos a mim e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus." Uma criança que vem a Cristo ainda em sua infância, tem uma vida inteira de bênção em comunhão com Deus. Ela é vulnerável por causa da sua pouca experiência e conhecimento, mas recebe um cuidado especial do Senhor. Ai de quem levar ao pecado uma criança que crê no Senhor Jesus Cristo, pois "melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar" (Mateus 18:6 - NVI).

A evangelização de crianças é uma alta prioridade. Conta-se que o evangelista D L Moody, ao ser inquirido em casa sobre quantos haviam se convertido numa reunião da qual acabava de regressar, disse: "duas pessoas e meia". A família observou "você quer dizer que dois adultos e uma criança receberam o Senhor como Salvador!" Mas Moody retrucou "Não, não, duas crianças e um adulto receberam o Senhor", e explicou "O adulto era um velho e ele só tinha metade de sua vida para dar."



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